Lançada há alguns anos pela Netflix, a série Black Summer acabou se tornando um projeto que mesmo sem grande alarde acabou conquistando a sua fatia do público. Anos depois, no entanto, a mesma acabou tendo uma futuro definido pela plataforma de streaming que até hoje desagrada os seus fãs.
Black Summer estreou na Netflix em 2019, com sua primeira temporada trazendo um frescor ao gênero de zumbis. A segunda temporada chegou dois anos depois, e então o futuro da série ficou incerto, até que o co-criador John Hyams revelou em abril de 2023 que uma terceira temporada não aconteceria. Desde então, o portal What’s On Netflix confirmou que a série spin-off de Z Nation foi oficialmente cancelada, mesmo tendo uma ótima avaliação de 87% no Rotten Tomatoes.
A gigante do streaming tem sido conhecida por encerrar diversas séries queridas e, infelizmente, Black Summer também acabou entrando nessa lista. A baixa audiência foi apontada como o principal motivo para o cancelamento, o que é uma pena, já que a série tinha um grande potencial para crescer com sua história em desenvolvimento..
Acaba sendo triste ver como Black Summer passou despercebida enquanto outras produções de mortos-vivos, como The Walking Dead e The Last of Us, acabaram se tornando um verdadeiro fenômeno de audiência. A ação frenética e intensa da série trazia um dos retratos mais realistas de como os seres humanos reagiriam a um apocalipse zumbi. Cada episódio era uma mistura de desespero e adrenalina, deixando claro que a sobrevivência é algo caótico e imprevisível.
Black Summer é um tesouro zumbi da Netflix agora (Des)enterrado
Black Summer é um spin-off prelúdio de Z Nation e acontece nas primeiras semanas após o início de um apocalipse zumbi. A história acompanha um grupo de estranhos, cada um com sua própria bagagem e jornada, tentando sobreviver e encontrar seus entes queridos.
Temos Rose (Jaime King), uma mãe desesperada para se reunir com sua filha, Spears (Justin Chu Cary), um criminoso que se passa por soldado e que acaba salvando Rose, e Sun (Christine Lee), uma mulher coreana que, sem falar inglês, procura sua mãe desaparecida. Durante essa jornada, eles encontram outros sobreviventes, além, claro, de inúmeros zumbis que transformam cada esquina numa potencial ameaça.
Os personagens são muito humanos, com erros e decisões questionáveis, o que torna tudo ainda mais verossímil. A série foge daquele clichê dos personagens que, milagrosamente, se tornam atiradores de elite do dia para a noite. Aqui, eles não conseguem acertar um tiro certeiro facilmente, e muito menos com precisão, algo difícil até para profissionais. Isso é um ponto alto: o foco está mais no realismo do que no heroísmo exagerado.
Outro diferencial de “Black Summer” são as sequências de longos planos-sequência que realmente buscam colocar o espectador no meio do caos. E mesmo que muitos não gostem do clichê dos “zumbis corredores”, a verdade é que a presença deles aumenta a sensação de terror, fazendo com que a experiência do espectador seja tão angustiante quanto a dos personagens.
É lamentável ver uma série deste gênero e qualidade ser enterrada após apenas duas temporadas. Quem sabe, um dia, outro serviço de streaming não decida reviver a série? Apesar do final da 2ª temporada deixar muitas perguntas sem respostas, vale muito a pena assistir — e com o Halloween chegando, talvez seja o momento perfeito para mergulhar nesse apocalipse.
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