Com o Natal chegando por aí, não tem melhor momento para passar uma noite em casa assistindo a um bom documentário true crime na Netflix. e no topo da nossa lista está 900 Dias Sem Anabel, uma série espanhola que explora o sequestro e assassinato da estudante Anabel Segura.
Se você gosta desse tipo de produção, a série é para você, por isso fizemos uma análise aprofundada do caso para trazer todas as informações essenciais desse crime real.
Qual a história de 900 Dias Sem Anabel na Netflix?
900 Dias Sem Anabel aborda o sequestro e assassinato de Anabel Segura em 1993. Além de explorar os crimes horrendos cometidos contra Segura, a série em três partes também investiga os meses de chantagem enfrentados por sua família e apresenta gravações inéditas dos sequestradores.
Quem foi Anabel Segura?
Anabel Segura Foles era uma jovem de 22 anos, moradora de La Moraleja, um bairro residencial nobre de Alcobendas, na Comunidade de Madri. Estudante de um curso de administração na universidade privada ICADE, Anabel era a filha mais velha da família. Seu pai, um empresário de sucesso no setor petroquímico, havia fundado sua própria empresa na Alemanha, onde conheceu sua mãe antes de a família se mudar para a Espanha.
O que aconteceu com Anabel Segura?
Na manhã de 12 de abril de 1993, como fazia todos os dias, Anabel saiu para correr em seu bairro, vestindo um agasalho e carregando um Walkman. Naquele momento, sua família estava fora da cidade.
Ao mesmo tempo, dois homens — Emilio Muñoz Guadix e seu amigo, Candido “Candi” Ortiz Aon — chegaram ao bairro com o plano de sequestrar alguém e pedir resgate. Eles escolheram La Moraleja acreditando que seria um “alvo seguro”, devido à presença de famílias ricas na região.
Durante sua corrida, Anabel foi abordada pelos homens, que saíram de uma van branca e a ameaçaram com uma faca. Ela resistiu, perdendo parte de seu agasalho e seu Walkman na luta, mas acabou sendo forçada a entrar no veículo e foi levada embora.
Uma testemunha ocular — o zelador de uma escola local — chamou a polícia imediatamente após o incidente, mas, sem óculos, não conseguiu identificar a placa do veículo.
Anabel Segura foi assassinada?
Após o sequestro, Anabel foi levada para uma fábrica abandonada em Numancia de la Sagra, Toledo, onde foi mantida em cativeiro. Ela tentou escapar de Muñoz Guadix e Ortiz Aon, mas acabou sendo estrangulada e enterrada nas proximidades. Apesar de sua morte, os sequestradores decidiram continuar com o plano original de pedir resgate, solicitando à família Segura 150 milhões de pesetas pelo retorno seguro de Anabel.
Em 14 de abril de 1993, dois dias após o sequestro e assassinato, os homens começaram uma longa negociação, que incluiu 15 contatos com a família. Desesperado, o pai de Anabel hipotecou sua casa, ofereceu milhões de pesetas por qualquer pista ou evidência e contratou empresas privadas para investigar o desaparecimento. Em duas ocasiões, representantes da família Segura marcaram encontros para pagar o resgate, mas os sequestradores não apareceram.
Como os sequestradores de Anabel foram capturados?
Três meses após o sequestro, Muñoz Guadix e Ortiz Aon enviaram à família Segura uma fita de áudio. Nela, supostamente se ouvia Anabel dizendo que estava “bem” enquanto chorava e pedia para voltar para casa. “Quero estar em casa com vocês… Quero muito ver todos vocês”, dizia a gravação. “Façam isso para acabar com isso rápido. Até logo, papai. Tchau, mamãe. Irmã, eu te amo muito. Adeus.”
Na realidade, a voz fingindo ser de Anabel era de Felisa García, esposa de Muñoz Guadix, que foi recrutada pelo marido para ajudar na gravação.
Apesar das tentativas dos sequestradores de extorquir dinheiro da família, em 30 de setembro de 1995 — 900 dias após o desaparecimento — o corpo de Anabel foi encontrado na fábrica abandonada. Isso, no entanto, não resultou em prisões imediatas. Foi só após a divulgação das fitas que a investigação avançou.
Ao ouvir as gravações na TV, um morador de Escalona, Toledo, reconheceu a voz de Ortiz Aon e alertou a polícia. “Essa é a voz de Candi, o encanador da minha cidade”, disse. Com essa identificação, a polícia prendeu Ortiz Aon em 28 de setembro de 1995 e, posteriormente, Muñoz Guadix e sua esposa.
O que aconteceu com os sequestradores de Anabel Segura?
Após serem presos, Muñoz Guadix e Ortiz Aon confessaram o sequestro, mas alegaram que só fizeram isso para pedir resgate e não tinham intenção de matá-la. Em 1999, os dois foram condenados a 39 anos de prisão. Posteriormente, o Supremo Tribunal aumentou suas sentenças para 43 anos. Felisa García, que fingiu ser Anabel em uma das fitas, foi condenada a seis meses de prisão por ajudar a encobrir o crime.
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